Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) vão continuar a apostar em ações de proximidade para fomentar a adesão ao Sistema de Recolha Seletiva de Biorresíduos, com a participação em eventos e ações de sensibilização como a que decorreu, recentemente, no Alegro Sintra. Durante uma semana, os SMAS de Sintra marcaram presença com um espaço próprio no principal centro comercial do concelho e sensibilizaram para a importância da separação na origem dos restos alimentares, desviando-os do encaminhamento para aterro e potenciando a sua valorização para a produção de composto para a fertilização de solos agrícolas e a produção de energia. Para os aderentes ao sistema, que já mobiliza cerca de 75 mil pessoas em todo o concelho, “um universo populacional que já se pode classificar como interessante”, os SMAS de Sintra atribuem um desconto de 1 euro na fatura dos serviços de água e resíduos.
Além da Feira das Mercês, neste caso ao longo de dois fins de semana, os SMAS de Sintra assentaram arraiais naquela grande superfície comercial e promoveram a adesão ao Sistema de Recolha Seletiva de Biorresíduos. Aproveitando a grande afluência de visitantes, embora os destinatários fossem apenas os munícipes sintrenses, a presença no Alegro Sintra permitiu aumentar, em mais algumas centenas, o número de aderentes ao sistema. Para o diretor delegado dos SMAS de Sintra, Carlos Vieira, “faz todo o sentido a nossa presença em locais de maior concentração de pessoas, como é o caso do Alegro Sintra, para aumentarmos significativamente o número de adesões aos biorresíduos que, neste momento, já mobiliza 75 mil pessoas, um número interessante, embora ainda haja muito caminho a percorrer em função da dimensão do concelho”.
Começando por agradecer a disponibilidade demonstrada pela administração do centro comercial, Carlos Vieira congratulou-se com a recetividade que os munícipes têm evidenciado ao sistema, como, mais uma vez, foi patente ao longo da semana, embora “todos os processos de recolha seletiva sejam difíceis de implementar, porque obrigam a alguma mudança de mentalidades”. “Temos que continuar a crescer, temos que aprofundar, porque também existem pessoas que utilizam os sacos verdes para outros fins, e, por isso, é um processo longo que exige continuar a apostar em educação ambiental” , acrescentou este responsável.
“Este sistema é importante por uma questão ambiental, porque 70% dos resíduos produzidos são indiferenciados, que vão para incineração ou acabam em aterro. O objetivo deste sistema é retirar de aterro uma grande parte destes resíduos, já que 40% são biorresíduos, e isso é fundamental, por um lado, para prolongar a vida dos aterros e, por outro, ganhar tempo para criar novas soluções para o tratamento dos resíduos”, frisou ainda o diretor delegado dos SMAS de Sintra, que destacou que Sintra há muito se preparou para a obrigatoriedade de implementação do sistema: “Iniciámos este processo há alguns anos a esta parte, em final de 2020, com a devida ponderação e com o tempo necessário para poder implementar a solução da recolha, já que a obrigatoriedade era janeiro de 2024. Antecipámos em muito essa meta temporal e, em outubro de 2022, todo o concelho de Sintra passou a ter a recolha de biorresíduos no setor doméstico, o que foi feito em parceria com a Tratolixo e com os outros três concelhos (Cascais, Oeiras e Mafra)”.
Os SMAS de Sintra vão continuar a estar presentes em diversos eventos, seja de carácter municipal, de organização das juntas de freguesia ou de cariz associativo, “porque a proximidade é fundamental: para passar a mensagem e criar uma onda que nos permita aumentar a recolha seletiva em Sintra”, concluiu Carlos Vieira.
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